sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"A vida sabe-me bem !"

Há histórias que marcam, momentos que ficam, dias que nos surpreendem. Tempos difíceis, gestos de afecto, palavras de saudade. Gostamos de recordar o passado, agir no presente e não pensar em consequências futuras. A vida sabe-me bem. Nunca foi tão fácil dizê-lo. Gosto de te ter por perto, mas não tão perto como dantes. Gosto de te sentir presente, como sempre. Gosto de sentir o teu cheiro de “longe”. Gosto de poder continuar a confiar em ti e a falar contigo. Gosto de estar contigo neste presente, não sentindo (tanta) falta daquele passado. És mais que um simples amigo, mas já passas-te a fase da grande paixão. O tempo cura tudo, até mesmo o que parecia nunca mais sarar. Todos temos uma grande queda depois de uma viagem tão grande, feita a dois, mas mais tarde ou mais cedo, nos íamos levantar, ser fortes e continuar em frente, podendo olhar inúmeras vezes para o passado sem pronunciar uma única palavra. Se não sinto falta de tudo o que passamos? Obviamente, que sim. De facto, sinto uma saudade tão grande de tudo, que é por isso que gosto de estar assim contigo. Lembro-me perfeitamente, que dantes os dias eram uma amargura e feitos de discussões e lágrimas. Hoje, são feitos de um sorriso, de um gesto doce, de umas palavras simpáticas e de uns beijinhos na bochecha. Sabe-me bem olhar para ti e pensar naquilo que éramos e naquilo que somos. Sabe-me bem, não pensar em promessas e em juras que podem ser quebradas. Gosto de ver o teu jeito doce de sorrir e o teu olhar profundo nesses olhos pequenos, de cor. Gosto de ver isso de uma perspectiva diferente. Gosto de saber que ainda te preocupas comigo e que por mais que custe, não consegues estar muito longe de mim. Gosto de pensar, porque andas sempre de vermelho. Gosto de olhar para o teu cabelo, em seguida te tirar o boné e esticar o braço até sentir por entre os dedos os teus cabelos loiros. Gosto de ver os dias a passar tão rápido e reparar que não deito uma lágrima á mais de uma semana. Gosto de ouvir o teu “ainda te amo” não da tua boca, mas sim do teu coração. Gosto de quando me agarras pela mão, sem dar conta quando estamos com pressa. Continuo a gostar de receber as tuas mensagens de boa noite e de bom dia. Gosto de estar assim contigo e de ter a certeza que vales mais que ouro e que nunca te quero perder. Gosto de usar tudo aquilo que me ensinas-te e saber que estou a crescer contigo. Gosto de te chamar de tudo e mais alguma coisa, menos o que devia. Gosto de te dizer coisas que te deixam sem palavras. Gosto de sentir o calor do teu corpo, ainda permanente no meu. Gosto de ser “tua” para sempre. Gosto que estejas sempre presente, tal como eu estarei sempre para ti. Orgulho-me de ti e de tudo aquilo que passámos. Orgulho-me de poder dizer que foste a pessoa que mais amei na vida. Orgulho-me de mim mesma e daquilo que são os meus dias de hoje.
Agora sim, consigo erguer a cabeça com um sorriso, sentir o vento a bater-me na cara e saber que estou bem. Saber que mesmo não estando lá, estás presente.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

18-01-10(11) Obrigado por tudo o que me deste e partilhaste comigo - 1 Ano:

Chegou o dia. Foi num dia tal e qual o de hoje, excepto o ano. Foi neste dia 18 de Janeiro de 2010, pelas 13:35h que tudo aconteceu. Tudo o que de melhor podia acontecer; como um sonho realizado. Tenho de te dar algum mérito por isso. Talvez se não fosses tu nada disto tinha sido o que foi, pois eu talvez nunca teria tido coragem para avançar. Também se não fosses tu, talvez não tinha havido o nosso primeiro beijo. E se não fosses tu, talvez nunca nos tivéssemos conhecido. Tenho de dar o devido valor a isso tudo e agradecer-te por algum dia, teres decidido entrar na minha vida.
Relembro com saudade este “grande” dia. Relembro aquelas palavras que me disseste, num tom de voz baixo e da minha resposta eufórica mas muito envergonhada. Relembro também o meu caminho de regresso a casa, senti-me a pessoa mais feliz do Mundo e nem queria acreditar. Senti-me completa, totalmente preenchida e com um sorriso que ninguém me poderia roubar. Contei aos meus mais importantes, tal como tu aos teus. Outros, vieram saber por acréscimo. Pouco importava quem sabia ou não, o que importava eras somente tu e o facto de eu poder mostrar a todos o quanto eu te amava e te queria perto de mim.
Mudaste a minha vida, tornaste-te parte dela. Todos os dias quem meramente me interessava eras tu, era contigo que eu gostava de rir, era contigo que eu desabafava, a quem eu contava tudo, era contigo que eu gostava de passear de mão dada, era a ti que eu gostava de ver sorrir, era a tua voz que eu gostava de ouvir, era o teu perfume que eu gostava de cheirar e era o teu abraço e o teu beijo que eu gostava de sentir. Eras a minha sombra, contigo sentia-me protegida. Fazias-me forte, mais do que aquilo que aparentava ser. Fazias-me sentir-me segura de mim mesma e conseguiste me levantar de todas as vezes que caí. Apoiaste-me sempre nos momentos mais difíceis e fizeste-me sorrir mesmo quando a minha maior vontade era chorar e desistir. Eu tinha a maior confiança depositada em ti e tu em mim. No entanto também tivemos as nossas discussões, mas discussões que contigo tinham algo de cómico, pois tu fazias-me sempre rir em qualquer ocasião mesmo que fosse com intervenções inoportunas. De todas as vezes que não conseguia dormir porque a minha almofada estava molhada, ou simplesmente porque me doía a cabeça de chorar. Punha-me a pensar e pensava, sempre, no pior. Tentava ver o problema das coisas e as melhores e piores maneiras de as resolver. Do outro lado da chamada, estavas tu. Não sabia nunca a tua reacção pelas coisas. Sempre foste muito orgulhoso, um defeito que tens. O teu orgulho é em demasia e afecta muito o teu ego já enorme. Mas sabias sempre como usar o verbo desculpar. Era destas pequenas coisas que se baseava a nossa relação, e ficava cada vez mais forte.
Apenas percebi o quanto me amavas e quanto precisava de ti, quando os problemas chegaram a sério. Bem, há uma primeira vez para tudo, certo? Foi então a primeira vez que te vi chorar. A chorar em frente a todos, sem vergonha. Pela rapariga que amava. Fiquei comovida, chorei também. Falámos, custou mas resolvemos os problemas. Ou pelo menos achámos que o tínhamos feito. Mas não. Mais tarde vieram outros, por causa do mesmo assunto e assim sucessivamente. No meio disto tudo já era uma relação de 6 meses, uau nunca tinha estado com ninguém durante meio ano. Já te tinhas tornado tão indispensável que já não me imaginava a viver sem ti. Ficaste marcado para sempre no meu coração. Já conhecias a minha família e eles aceitaram-te tão bem, até ao ponto de a minha mãe te adorar e só confiar em ti a “sua menina”.
Era Verão. Ambos sabíamos que algo de mal ia acontecer, pois não ia estar cá. A culpa foi minha, por mais que diga que não, tu tens razão. Mas também tens a noção de que não tiveste a melhor atitude e aí tu disseste: “Só depois de ver o teu sofrimento, é que percebi que o que eu mais quero és tu”. Conseguiste pôr-me de novo com aquele sorriso e os dias tornaram a ser os mesmos. Regressei, mas a velha rotina já não era a mesma. Tinhas novos costumes, e eu tive de me adaptar a eles. Estavas diferente, digamos assim. Mas não foi por isso que te abandonei, continuei a caminhar a teu lado.
Os dias foram passando e as aulas estavam quase a regressar. Nesse curto espaço de tempo, mostrámos que verdadeiramente sentíamos um ao outro. Entregámo-nos muito mais sentidos que antes; de alma e coração. Esses dias bastaram para um EU AMO-TE sincero (não digo que os de antes não eram).
Mas acho que a partir daí tudo piorou. Como disse, mudaste e essa mudança afectou-me imenso. Não só da maneira como agias como da maneira que me fazias sentir. Acabámos uma primeira vez, mas voltamos a namorar. Acabámos uma segunda mas voltámos a namorar e assim durante vezes sem conta. Já não era namoro, não era nada. Era sofrimento, eram lágrimas derramadas nos meus lençóis, era a dor que eu escondia por detrás de um sorriso falso de uma pessoa á qual tu chamavas de perfeita. Hm, perfeita? Ninguém é perfeito, apesar de seres o único que eu considerei como tal.
Passou Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro e agora estou aqui outra vez no tal dia. Eu errei, tu erraste, nós errámos. Está certo, errar é humano. Eu admiti tudo e quem diz a verdade não merece castigo. Eu sempre te perdoei em tudo e isso é coisa que não podes negar, mesmo naquilo em que outra qualquer não perdoaria, e tu nada.
É bom saber que durante os 11 meses que estive contigo, foste sempre presente, me deste sempre tudo o que precisei e foste quem me fez mais feliz. Obrigado mais uma vez, mas desta é pelo facto de teres passado comigo momentos perfeitos, que nunca passei outrora com alguém. De me teres amado dessa forma tão terna que me aconchegou no teu coração. Obrigado pelo ano maravilhoso de 2010 que me proporcionas-te, mesmo com todas as zangas e lágrimas, lágrimas essas que estão agora aqui presentes comigo.
Estarei SEMPRE contigo, mesmo quando pareça distante. Eu Amo-te Norton Renato Menegatti e juro que nunca amei ninguém assim - 18/01/10 ♥ 
;iloveyoumorethanyouwillneverknow

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Errar e Amar


Eram duas crianças ingénuas mas apaixonadas. Ele tinha um feitiozinho assim pró complicado mas, no fundo do coração amava-a mais que tudo. Ela era ciumenta e muito insegura, tinha medo mas para além de tudo ele era a sua vida. Eram crianças felizes passavam os dias/tardes/noites como outras crianças quaisquer e de dia para dia a sua paixão aumentava. Todos os dias havia uma aventura nova para contar em casa, todos as semanas haviam dias para recordar, todos os meses uma história para querer reviver. Namoraram durante bastante tempo (a sua história dava para escrever um livro) e, como é claro, nesse namoro sempre houveram as típicas discussões de namorados. Promessas, desilusões, tréguas, arrependimentos, choros, desculpas, erros, momentos perfeitos, confiança (…) naquele namoro houve de tudo e, para além do mais, entregaram-se um ao outro de alma e coração. No coração dela nasceu dali um rei e no dele cresceu uma rainha.
Ele errava, ela perdoava. Ela errou, ele não perdoou. Todos diziam que ele fazia dela uma bonequinha com a qual ele adorava brincar e muitas vezes pôr de parte. Ele tinha feito uma promessa em consequência do medo dela. Não soube levar a sua palavra até ao fim e, o que ela mais receava aconteceu. Ela sofreu, ele também. Tudo por causa do erro dela, erro esse que nem todos os que ele tinha cometido e ela tinha desculpado tinham sido suficientes para ele a perdoar – isto no ver dele. Conclusão: ele não sabia o significado da palavra perdão, não sabia perdoar por amor, apenas sabia o que era o seu orgulho.
Ela arrependera-se rapidamente de tudo o que havia perdoado e de tudo o que tinha “esquecido”, pois a verdade é que ela apenas preferia não lembrar pois era impossível de esquecer. Ela fez tudo o que pôde para o ter de volta, lutou mesmo quando tinha uma vontade enorme de desistir e afirmar que era uma falhada. Criticou, defendeu, contrariou, arrependeu-se, desistiu, falhou. Ele “tentou” mudar as coisas, às escondidas dos seus amigos. Esses não queriam aquela velha história de volta e, ele na frente deles dizia que não, e para ela alimentava falsas esperanças. Ela descobriu e ficou de rastos, como pôde cair na mesma conversa outra vez? Ele arrependeu-se, como sempre. De todas as vezes se arrepende e ela cai no erro de servir de boneca vezes sem conta. Mas desta foi diferente. Ela conseguiu manter-se firme, apesar do sofrimento, e ele tentou passar por cima de todos os problemas. Tentou fugir às verdades, como sempre fez/faz, mas elas eram constantemente repetidas para ele ver como elas doem. Ela disse: “Não, desta vez não!”. Ele disse: “A culpa é tua. Não dá, simplesmente isso”. Como se fosse uma coisa assim tão simples. Agora falta o fim. Eles perdoam, ou segue cada um a sua vida? Seja o que for, será o mais certo, por muito que faça ambos sofrer. Só digo: Todos erramos e de entre todo o sofrimento quem ama, perdoa.