domingo, 25 de setembro de 2011

Procuro por ti, não sei onde ao certo. Talvez te procure no lugar errado pois não te consigo encontrar, talvez já tenhas partido. Se assim foi, tenho pena por não me teres deixado mostrar-te o que sobrou de 1 ano e meio. Por não me teres deixado entregar-te todo o amor que acumulei para ti, tudo o que sempre te pertenceu. Queria ter de volta o coração que me roubaste e não devolveste. Queria de volta o sentimento que me fizeste soltar e que fluiu no ar sem qualquer explicação lógica e racional. Levaste tudo contigo e para mim nada restou, a não ser a mágoa que habitava no lugar do meu coração. Já deve bater fraco esse (grande) bocado de mim que levaste e que funcionava em sintonia com o teu. Agora que o levaste ele vai parando lentamente e quando deixar de bater, vais deitá-lo fora com a maior naturalidade e eu vou correr para socorrê-lo. Para lhe sarar as feridas, para o colocar em mim e o fazer funcionar de novo, para ele poder fazer o meu pensamento esquecer o passado. Esse coração, outrora cheio de ti, vai estar completamente vazio, pois não me deixaste entregar-te tudo o que nele permanecia e deitas-te fora. Ao invés disso, a minha cabeça, vai estar cheia de memórias e pensamentos. Coisas daquelas que nem com o tempo se vão, nem com um novo ele. As minhas duas mãos não foram suficientes para segurar o teu coração, a minha voz deixou de soar e não te pude dizer tudo o que pensei, tudo o que nunca sonhei dizer-te, mas que tinha de ser dito. E tu não ouviste, nem sequer me viste. Passaste por mim como quem passa por um estranho sem sequer se questionar "Alguma vês a terei visto?". Se isso é o melhor para ti só tu o podes dizer, mas o melhor de mim, digo com certeza que eras tu. Sei que nos vamos encontrar de novo, vamos relembrar tudo o que passámos. Mesmo sendo tarde demais, vamos sentir a saudade. A saudade dos melhores tempos passados ao lado do nosso grande amor, da nossa maior paixão. Vamos reviver aquela história, na nossa cabeça, como se nos fosse contada todos os dias. Vão surgir sorrisos e gargalhadas quando no fundo, bem no fundo de mim, o meu coração vai estar em lágrimas, por aquilo que tive e perdi, por aquilo que quis continuar e não pude, por estar a relembrar uma história antiga e não a vivê-la. Mas se é assim que tem que ser, se é assim o melhor (para ti) assim será, pois só tu sabes o melhor para ti e aquilo de que te arrependes ou não. Só gostava que o orgulho não falasse mais alto, mas agora parece-me que isso, sempre foi o mais importante.