segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Hoje voltei ao passado. Senti um bocadinho de tudo. Matei umas poucas saudades. Senti-te comigo, atento e presente. Senti o teu bom humor e a tua faceta séria. Senti a tua preocupação e agradecimento. Senti a tua coragem e o teu antigo amor. Senti a tua mão na minha. Senti os teus cabelos loiros. Senti o teu toque no meu corpo que me criou arrepios. Pude olhar para ti de frente e ver os teus olhos pequenos e a tua boca bem definida. Pude ver-te deitado ao meu lado a conversar como velhos amigos. Pude ver a maneira em como te "preocupaste" comigo e como me agarraste no pior momento. Quando as minhas lágrimas caíram, sem qualquer explicação, pude ver a tua mudança de estado e o teu afecto para comigo. Mas também pude ver o teu sentimento. O teu sentimento alterado, como eu não queria ver. Vi que já nada sobrava desse amor a não ser um resto de amizade, se é que assim lhe podemos chamar. Vi algo que nunca esperava ver e que me chocou muito, vi que para ti não passava de mais uma rapariga que por acaso foi o maior amor da tua vida. Pois, FOI. Vi que o passado presente em mim, era já passado ultrapassado em ti. Vi que já não fazia parte dos teus planos futuros e que te encaminhavas perfeitamente bem sem mim. Vi que por muito que dissesses o contrário o melhor para mim eras tu. Trataste-me como uma simples amiga, a qual fazias rir e divertir-se por uns momentos. Mas a mim não. A mim fizeste-me chorar. Chorar por sentir que já não fazia parte da tua vida, ora esta foi a verdadeira razão. Fizeste-me olhar para trás, para o todos os momentos e fizeste-me querer repeti-los ali, naquele momento. Fizeste-me dizer-te coisas difíceis balbuciando entre as lágrimas. Olhaste-me nos olhos, viste os meus olhos molhados e tristes. Viste o meu coração partido e o meu jeito difícil de lidar com o amor. Não acreditavas no que te dizia mas hoje viste tudo. E eu também. Acho que ambos nos esclarecemos e a conclusão é que tu falas para mim com palavras e eu olho para ti com sentimentos. Desculpa pelo que não te dei e te fiz perder e obrigado pelo que fizeste passar, foram os melhores tempos da minha vida. I will love you, always.

domingo, 25 de setembro de 2011

Procuro por ti, não sei onde ao certo. Talvez te procure no lugar errado pois não te consigo encontrar, talvez já tenhas partido. Se assim foi, tenho pena por não me teres deixado mostrar-te o que sobrou de 1 ano e meio. Por não me teres deixado entregar-te todo o amor que acumulei para ti, tudo o que sempre te pertenceu. Queria ter de volta o coração que me roubaste e não devolveste. Queria de volta o sentimento que me fizeste soltar e que fluiu no ar sem qualquer explicação lógica e racional. Levaste tudo contigo e para mim nada restou, a não ser a mágoa que habitava no lugar do meu coração. Já deve bater fraco esse (grande) bocado de mim que levaste e que funcionava em sintonia com o teu. Agora que o levaste ele vai parando lentamente e quando deixar de bater, vais deitá-lo fora com a maior naturalidade e eu vou correr para socorrê-lo. Para lhe sarar as feridas, para o colocar em mim e o fazer funcionar de novo, para ele poder fazer o meu pensamento esquecer o passado. Esse coração, outrora cheio de ti, vai estar completamente vazio, pois não me deixaste entregar-te tudo o que nele permanecia e deitas-te fora. Ao invés disso, a minha cabeça, vai estar cheia de memórias e pensamentos. Coisas daquelas que nem com o tempo se vão, nem com um novo ele. As minhas duas mãos não foram suficientes para segurar o teu coração, a minha voz deixou de soar e não te pude dizer tudo o que pensei, tudo o que nunca sonhei dizer-te, mas que tinha de ser dito. E tu não ouviste, nem sequer me viste. Passaste por mim como quem passa por um estranho sem sequer se questionar "Alguma vês a terei visto?". Se isso é o melhor para ti só tu o podes dizer, mas o melhor de mim, digo com certeza que eras tu. Sei que nos vamos encontrar de novo, vamos relembrar tudo o que passámos. Mesmo sendo tarde demais, vamos sentir a saudade. A saudade dos melhores tempos passados ao lado do nosso grande amor, da nossa maior paixão. Vamos reviver aquela história, na nossa cabeça, como se nos fosse contada todos os dias. Vão surgir sorrisos e gargalhadas quando no fundo, bem no fundo de mim, o meu coração vai estar em lágrimas, por aquilo que tive e perdi, por aquilo que quis continuar e não pude, por estar a relembrar uma história antiga e não a vivê-la. Mas se é assim que tem que ser, se é assim o melhor (para ti) assim será, pois só tu sabes o melhor para ti e aquilo de que te arrependes ou não. Só gostava que o orgulho não falasse mais alto, mas agora parece-me que isso, sempre foi o mais importante.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Chama-me quando precisares de mim. Grita aos quatro ventos quando sentires a minha falta. Sobe ao cimo de uma montanha e anuncia que me amas. Mas eu, eu não vou voltar, nem vou ouvir as palavras que da tua boca se vão soltar. Meus ouvidos vão estar surdos ao ruído exagerado produzido pelas tuas cordas vocais. Só vais desejar o meu regresso e engolir as tuas próprias lágrimas, salgadas e quentes. Procurar-me-ás em cada canto da cidade e cansado da busca irás desistir. Vais voltar atrás no tempo e olhar de novo todas as páginas viradas, de uma história prometida para sempre. Vais procurar o teu erro nas memórias, vais despejar toda a tristeza acumulada dentro de ti, toda a angústia de algo que sempre quiseste, mas que abandonaste. Eu vou olhar-te de longe e tu nem te vais aperceber, que eu estou ali mesmo depois de todas as voltas que deste para me encontrar. Mas não estou ali para o mesmo fim, para a mesma repetição da história. Não, eu estou ali para te provar que estava certa, para te ver passar um quarto de tudo o que eu passei. Para ver escorrer aquelas lágrimas pelo teu rosto, como só eu vi. Para te observar, até que me sintas presente. Mesmo não devendo, vou-te acalmar de novo. E finalmente, sentindo-me presente, vamos trocar as tais palavras. As palavras que tu pediste para eu te dirigir, as palavras resistentes. Vou olhar-te nos olhos e saber se estás a mentir, pois eu conheço-te melhor que ninguém. Vou ver o teu aspecto cansado e ouvir a tua voz rouca. Vou agarrar-te nas mãos e dizer-te o quanto erraste e o que eu sofri. Vais ouvir as palavras duras saírem da minha boca tal como saíram da tua, á uns tempos. Vais sentir que mesmo longe e desaparecida, sempre te acompanhei em tudo, caminhei do teu lado. Que apesar tudo, eu nunca me esqueci de ti. Vais perceber que nunca se troca o que queremos mais na vida, por algo que queremos mais no momento. Vais sentir o meu coração frio e vais querer aquecê-lo. Tu um dia vais entender o que te digo, um dia.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

I miss how we used to be


Sinto saudades, saudades de ti. Dos beijinhos e miminhos diários que me eram indispensáveis. Dos abraços calorosos que faziam sentir tão segura. Do sorriso que esboçavas cada vez que olhavas para mim. De fechar os olhos enquanto estava encostada a ti a sentir o meu porto de abrigo. De agarrar os teus cabelo loiros. De sentir os teus lábios nos meus. Do teu cheiro característico e inconfundível. Das palavras queridas que me dizias ao ouvido. Das asneiras que fazias ao meu lado. De quando me chamavas “minha princesa” e “meu bebé”. Da tua voz fofinha a dirigir-se a mim. De quando me olhavas nos olhos e via neles a tua felicidade, como um espelho. De sentir o bater do teu coração. Das chamadas diárias e sempre com algo novo para falar. Das mensagens de boa noite e de bom dia que me faziam dormir como um anjo e despertar a sentir que tu ainda estavas comigo. De sentir o calor do teu corpo, aquecendo o meu. Da tua gargalhada parva, mas que fazia soltar a minha. Das mãos entrelaçadas como os traços do nosso peito. De escolher as cores do teu aparelho. Das chamadas de vídeo que fazias comigo, todos os dias que sentíamos saudade. Das tuas birras de ciúmes, que me faziam sentir o medo que tinhas de me perder. De quando estava em Coimbra e não deixavas de falar comigo 1 segundo e me dizias “tenho saudades”. De caminhar a teu lado e seguires-me para onde quer que fosse. De afirmar que era tua. De olhar para ti bem de perto e conhecer-te por inteiro. De me tentares ensinar a falar a tua língua. De quando me ligavas do telemóvel dos teus pais porque tinhas ficado sem saldo e te era indispensável falar comigo. De quando fazias viagens grandes e adormecias sempre a falar comigo. De adormecer a falar contigo. De quando estava contigo e tinha tudo o que precisava. De quando me ajudavas a escolher a roupa e me dizias o que gostavas ou não. De quando me dizias que era a melhor namorada do mundo. De dormir agarrada ao teu chapéu. De trazer comigo uma foto tua, e orgulhar-me de a mostrar a toda a gente. De saberes sempre como cuidar de mim e lidar comigo. De vires á porta de minha casa, á noite antes de ir embora, para te despedires sempre de mim e me dares miminhos de chega e sobra para a saudade não voltar cedo. De quando me agarravas com força e não me querias deixar ir. De passar os intervalos contigo, só contigo. De ir ao cinema contigo e de receber os melhores mimos o filme todo. De adormecer no teu colo. De quando tinhas a mania que eras forte e me pegavas e levavas para algum sitio. De quando me defendias quando eu precisava. Das mordidelas que me davas no pescoço. De sentir as tuas mãos frias. De contar os sinais que tinhas na cara e que mais tarde me apareceram a mim. De quando decidimos os nomes dos nossos filhos. De quando eram os nossos “aniversários” de namoro. Da te ouvir cantar mal e te mandar parar. De sentir que eras o tal. De quando tínhamos vergonha um do outro. Das promessas que me fazias, que me faziam acreditar no melhor. De nos beijarmos á chuva, naquele canto ao pé do vivaci. Do nosso sítio preferido perto da minha casa. De ir ter contigo às escadas á hora de almoço só para te dar um beijinho. De te sentir perto e presente. De todos os segredos que te confiava e todos os que sabia de ti. De seres o primeiro a quem recorria e a quem ainda continuo a recorrer. De ser a única. De te escrever os melhores textos de sempre. De me dedicares músicas, nomeadamente a dos Sum 41 - With Me. De percorrer um certo caminho 2 vezes e comer as amoras que encontrávamos pelo meio. Das prendinhas que me trazias de Lisboa. De quando me fazias chorar de felicidade, por me fazeres a rapariga mais feliz do mundo. De quando me dizias "amo-te", e que era o mais sincero do mundo. De simplesmente estares comigo. Resumindo, tenho saudades de TUDO. 
I miss how we used to be; come back and bring the past to the present.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saudades

Entro na sala escura, sento-me numa das cadeiras e de repente o filme começa a passar. Aquelas imagens eram-me familiares, talvez tenha sonhado com elas, talvez as tenho vivido. Á medida que o filme se desenrola, começo a aperceber-me que tudo o que via, era algo mais que compatível com a história da minha vida. Era algo que me fazia voltar atrás no passado, relembrar tudo o que passei. Era algo que trazia lágrimas de volta, pois trazia também a SAUDADE. Saudade de tudo o que fui, tudo o que tive, tudo o que já passou. Saudades daquela, desta e de outro. Saudade daquela cidade, daquele país, ou até mesmo deste ou outro espaço. Saudade dos tempos de criança, saudade de uma vida criada com ajuda, saudade do tempo antes dos problemas. Saudade de começar as melhores amizades, que ainda duram, saudade de viver perto de quem mais me faz falta, saudade de os ter aqui todos os dias junto a mim, pois agora nem os vejo de mês a mês. Saudade até das lágrimas esgotadas, mágoas passadas e levadas pelo tempo. Vejo a minha evolução, o meu crescimento, como tudo mudou ! Vejo a minha força de vontade perante os obstáculos, seguindo em frente, acabando por conseguir ultrapassá-los. Oiço uns risos de garota, saltam bem pra fora daquele enorme sorriso, vê-se a felicidade escorrer pelo peito. Vejo-me feita de lágrimas, feita de sonhos, feita de risos, feita de expectativas, feita de sonhos e feita de mel. Vi o meu grande amor, hm. Vi quem me ajudou e me apoiou em todos os momentos e lá estavam elas, sempre, em qualquer circunstância. Um amor de mãe e um amor de C. Principalmente elas. Ao ver aquelas imagens o meu coração batia a mil, a pensar quando voltarei a receber um daqueles abraços, os melhores abraços do mundo ! Vejo também as piores coisas que passei, coisas dolorosas com as quais o coração não aguenta. Custa olhar para aquelas imagens, ver a dor que passei, sentir orgulho da coragem que usei para ultrapassar tudo. Melhor que escrever um livro, melhor que ver fotografias, melhor que tudo isso é mesmo ver este filme, recordo os momentos com a perfeita consciência de todas as minhas emoções durante as passagens. Acabou. Vejo-me sentada numa cadeira, escrevendo em frente a um computador. Quem me dera que o filme continuasse, quem me dera. Mas o futuro, ninguém sabe, só eu o posso construir. Só quero que continuem SEMPRE comigo. Desejo reviver tudo o que passei, com vocês ou sem vocês. Quero tudo, outra vez como se fosse a primeira. Eu quero mesmo muito.
Amo-vos, mais-que-tudo ♥
 - Tenho (muitas) saudades

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Não te esqueças, nunca

Sinceramente, não sei por onde começar. Já não conheço a pessoa que és, apenas desejo a que foste. Altero o caminho que percorri, através de um agir de forma directa. Senti pela primeira vez, que tudo tinha acabado de cair, para sempre. Vivo tempos difíceis, finjo falsos sorrisos, digo palavras que são puras mentiras. Desejo apenas poder sentar-me e falar contigo, calmamente, resolver tudo de uma vez e começar tudo do zero, e talvez até quem sabe, apaixonarmo-nos de novo. Sinto falta daquele passado, tão presente e constante nas minhas memórias. Sinto falta da troca de afecto e das tuas reacções. Acreditei na promessa que me fizeste. Acreditei que um dia íamos dar a volta ao mundo em 80 anos! Acreditei que um dia me ias comprar uma galáxia e lhe ias chamar: Amo-te para sempre Catarina. Acreditei que um dia ia ver-te dormir e ver-te acordar, que ia dormir nos teus braços. Acreditei que ia ter uma história contigo. Acreditei que a magia do amor nunca ia acabar. Acreditei que ias ficar comigo para sempre. Acreditei cegamente. Agora todos estes dias são complicados e estão a dar comigo em doida. Culpo-me em parte mas a verdade é que a razão também não aponta para ti. Sinto-me vazia, dentro de mim tenho a tal caixinha cheia de nada. Eu bem tento lutar, mas para quê ser forte se no fundo, só se sentem lágrimas e soluços ? Hm, uma completa desilusão. É a única definição que encontro, que se adeque a ti. Simplesmente porque sim e não me resta mais nada a dizer, já disse tudo o que podia, esgotei contigo todas as minhas palavras, só me resta o choro. Eu sinto falta, eu amo, eu desejo, eu arrependo-me, eu procuro, eu esqueço, eu tento, eu relembro, eu desprezo, eu finjo, eu perco-me, eu encontro, eu sigo, eu choro, eu sonho, eu acredito. Ninguém disse que ia ser fácil e pelos vistos nós não conseguimos. Ainda sinto o calor do teu corpo presente no meu e espero que perdure. Sei que um dia vais olhar para trás e te vais arrepender de todas as coisas que me disseste, de tudo aquilo pelo que me fizeste passar, de todo o sofrimento e dor que me causaste. Sei que um dia, vais sentir a minha falta e vais sentir que a tua chama ainda sobrevive em mim. E sei que nesse dia eu vou dizer “Eu sinto o mesmo” pois quem ama, ama até os defeitos. Never forget.
I smile on the outside, while I’m dying on the inside.

sexta-feira, 25 de março de 2011

I AM, a daughter, a sister, a grand-daughter, a niece, a cousin, a friend. I am a partner, a student, a young girl and a grown woman. I am confident and scared, terrified and excited, I am loving and caring, and thoughtful, and hopeful. I am sick and tired, I am shy and friendly, and careful and careless. I am broken and whole. I am misunderstood, misguided, and mislead. I am hard working and determinate, but a little scared on the inside. I wish on stars and dream my dreams. I pray god and cry my tears.  I smile on the outside, while I’m dying on the inside. I listen to others who won’t listen to me, I walk on eggshells, and I walk on fire. I believe in passion but not on true love. I love you and I push you away. I want you but not so close. I am everything and nothing all at once. And all I want is for you to LOVE ME.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Uma caixinha cheia de nada


Acolheste me de braços abertos. Eu, refugiei-me no teu coração. Tu, entranhaste-te no meu como um vagabundo em busca do desconhecido. Percorremos trilhos de mãos dadas, com sorrisos exuberantes e dizendo palavras curtas. Mostraste-me um mundo. Um mundo onde eu podia caminhar descalça e de olhos vendados, pois sabia que estavas sempre ali a segurar-me firmemente pela mão para não me perder e me sentir guardada. De olhos fechados, sabia que estavas ali, sempre. Sentia o teu cheiro intenso, sentia o teu doce toque e eu, prendia-me em ti agarrando-te o mais que podia com abraços apertados e olhares cruzados. Guardava-te numa pequena caixinha de loiça dentro de mim, uma caixinha frágil cheia de ti. Uma caixinha roubada por um “estranho”. Memórias marcantes, palavras sentidas, sorrisos inocentes, pensamentos incertos, um agir indiscreto, era tudo aquilo que completava o meu ser e fazia aquela pequena caixinha, funcionar. Era tudo isto ao qual eu chamava de amor.
Agora, encontrei os teus braços fechados e o teu coração selado. Tornaste-te um viajante frequente do meu. Percorro todos os caminhos de novo mas desta vez sozinha, com os olhos bem abertos, pés calçados, sorriso rasgado e o tão melodioso silêncio. Caminho pelo mundo com receio, não tenho o anjo que me segurava e me guardava, o anjo que me via sempre mesmo quando parecia desatento, o anjo que sabia o melhor e o pior de mim, o anjo a quem eu confiara a minha vida, o anjo que roubara o meu coração. Devolveste-me a caixinha de loiça, pensado fazer o mais certo, mas esta voltou partida, vazia, era algo cheio de nada. Fizeste apenas os meus olhos acabarem com a sede que neles perdurava. Fizeste com que a caixinha de loiça cheia de nada, fosse também arrastada pela maré e com que o meu pensamento fosse inundado por palavras duras, memórias resgatadas e saudades incontroláveis.
Sempre com um pé atrás, lutei(ámos) por algo. Eu disse e repeti, que o arrependimento vinha sempre mais tarde. Também disse que sempre perdoava e nunca esquecia. Talvez te tenhas aproveitado disso, talvez não. Agora, tenho a minha caixinha cheia de nada, á espera que o tempo recomponha aquilo que tu partiste. Mas mesmo quando ela estiver inteira, eu vou ter ainda mais receio de poder confiar em ti outra vez, mas sei que vou cair no mesmo erro, na mesma tentação. Eu sou assim, os erros (não) fazem de mim a pessoa que sou hoje.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

"A vida sabe-me bem !"

Há histórias que marcam, momentos que ficam, dias que nos surpreendem. Tempos difíceis, gestos de afecto, palavras de saudade. Gostamos de recordar o passado, agir no presente e não pensar em consequências futuras. A vida sabe-me bem. Nunca foi tão fácil dizê-lo. Gosto de te ter por perto, mas não tão perto como dantes. Gosto de te sentir presente, como sempre. Gosto de sentir o teu cheiro de “longe”. Gosto de poder continuar a confiar em ti e a falar contigo. Gosto de estar contigo neste presente, não sentindo (tanta) falta daquele passado. És mais que um simples amigo, mas já passas-te a fase da grande paixão. O tempo cura tudo, até mesmo o que parecia nunca mais sarar. Todos temos uma grande queda depois de uma viagem tão grande, feita a dois, mas mais tarde ou mais cedo, nos íamos levantar, ser fortes e continuar em frente, podendo olhar inúmeras vezes para o passado sem pronunciar uma única palavra. Se não sinto falta de tudo o que passamos? Obviamente, que sim. De facto, sinto uma saudade tão grande de tudo, que é por isso que gosto de estar assim contigo. Lembro-me perfeitamente, que dantes os dias eram uma amargura e feitos de discussões e lágrimas. Hoje, são feitos de um sorriso, de um gesto doce, de umas palavras simpáticas e de uns beijinhos na bochecha. Sabe-me bem olhar para ti e pensar naquilo que éramos e naquilo que somos. Sabe-me bem, não pensar em promessas e em juras que podem ser quebradas. Gosto de ver o teu jeito doce de sorrir e o teu olhar profundo nesses olhos pequenos, de cor. Gosto de ver isso de uma perspectiva diferente. Gosto de saber que ainda te preocupas comigo e que por mais que custe, não consegues estar muito longe de mim. Gosto de pensar, porque andas sempre de vermelho. Gosto de olhar para o teu cabelo, em seguida te tirar o boné e esticar o braço até sentir por entre os dedos os teus cabelos loiros. Gosto de ver os dias a passar tão rápido e reparar que não deito uma lágrima á mais de uma semana. Gosto de ouvir o teu “ainda te amo” não da tua boca, mas sim do teu coração. Gosto de quando me agarras pela mão, sem dar conta quando estamos com pressa. Continuo a gostar de receber as tuas mensagens de boa noite e de bom dia. Gosto de estar assim contigo e de ter a certeza que vales mais que ouro e que nunca te quero perder. Gosto de usar tudo aquilo que me ensinas-te e saber que estou a crescer contigo. Gosto de te chamar de tudo e mais alguma coisa, menos o que devia. Gosto de te dizer coisas que te deixam sem palavras. Gosto de sentir o calor do teu corpo, ainda permanente no meu. Gosto de ser “tua” para sempre. Gosto que estejas sempre presente, tal como eu estarei sempre para ti. Orgulho-me de ti e de tudo aquilo que passámos. Orgulho-me de poder dizer que foste a pessoa que mais amei na vida. Orgulho-me de mim mesma e daquilo que são os meus dias de hoje.
Agora sim, consigo erguer a cabeça com um sorriso, sentir o vento a bater-me na cara e saber que estou bem. Saber que mesmo não estando lá, estás presente.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

18-01-10(11) Obrigado por tudo o que me deste e partilhaste comigo - 1 Ano:

Chegou o dia. Foi num dia tal e qual o de hoje, excepto o ano. Foi neste dia 18 de Janeiro de 2010, pelas 13:35h que tudo aconteceu. Tudo o que de melhor podia acontecer; como um sonho realizado. Tenho de te dar algum mérito por isso. Talvez se não fosses tu nada disto tinha sido o que foi, pois eu talvez nunca teria tido coragem para avançar. Também se não fosses tu, talvez não tinha havido o nosso primeiro beijo. E se não fosses tu, talvez nunca nos tivéssemos conhecido. Tenho de dar o devido valor a isso tudo e agradecer-te por algum dia, teres decidido entrar na minha vida.
Relembro com saudade este “grande” dia. Relembro aquelas palavras que me disseste, num tom de voz baixo e da minha resposta eufórica mas muito envergonhada. Relembro também o meu caminho de regresso a casa, senti-me a pessoa mais feliz do Mundo e nem queria acreditar. Senti-me completa, totalmente preenchida e com um sorriso que ninguém me poderia roubar. Contei aos meus mais importantes, tal como tu aos teus. Outros, vieram saber por acréscimo. Pouco importava quem sabia ou não, o que importava eras somente tu e o facto de eu poder mostrar a todos o quanto eu te amava e te queria perto de mim.
Mudaste a minha vida, tornaste-te parte dela. Todos os dias quem meramente me interessava eras tu, era contigo que eu gostava de rir, era contigo que eu desabafava, a quem eu contava tudo, era contigo que eu gostava de passear de mão dada, era a ti que eu gostava de ver sorrir, era a tua voz que eu gostava de ouvir, era o teu perfume que eu gostava de cheirar e era o teu abraço e o teu beijo que eu gostava de sentir. Eras a minha sombra, contigo sentia-me protegida. Fazias-me forte, mais do que aquilo que aparentava ser. Fazias-me sentir-me segura de mim mesma e conseguiste me levantar de todas as vezes que caí. Apoiaste-me sempre nos momentos mais difíceis e fizeste-me sorrir mesmo quando a minha maior vontade era chorar e desistir. Eu tinha a maior confiança depositada em ti e tu em mim. No entanto também tivemos as nossas discussões, mas discussões que contigo tinham algo de cómico, pois tu fazias-me sempre rir em qualquer ocasião mesmo que fosse com intervenções inoportunas. De todas as vezes que não conseguia dormir porque a minha almofada estava molhada, ou simplesmente porque me doía a cabeça de chorar. Punha-me a pensar e pensava, sempre, no pior. Tentava ver o problema das coisas e as melhores e piores maneiras de as resolver. Do outro lado da chamada, estavas tu. Não sabia nunca a tua reacção pelas coisas. Sempre foste muito orgulhoso, um defeito que tens. O teu orgulho é em demasia e afecta muito o teu ego já enorme. Mas sabias sempre como usar o verbo desculpar. Era destas pequenas coisas que se baseava a nossa relação, e ficava cada vez mais forte.
Apenas percebi o quanto me amavas e quanto precisava de ti, quando os problemas chegaram a sério. Bem, há uma primeira vez para tudo, certo? Foi então a primeira vez que te vi chorar. A chorar em frente a todos, sem vergonha. Pela rapariga que amava. Fiquei comovida, chorei também. Falámos, custou mas resolvemos os problemas. Ou pelo menos achámos que o tínhamos feito. Mas não. Mais tarde vieram outros, por causa do mesmo assunto e assim sucessivamente. No meio disto tudo já era uma relação de 6 meses, uau nunca tinha estado com ninguém durante meio ano. Já te tinhas tornado tão indispensável que já não me imaginava a viver sem ti. Ficaste marcado para sempre no meu coração. Já conhecias a minha família e eles aceitaram-te tão bem, até ao ponto de a minha mãe te adorar e só confiar em ti a “sua menina”.
Era Verão. Ambos sabíamos que algo de mal ia acontecer, pois não ia estar cá. A culpa foi minha, por mais que diga que não, tu tens razão. Mas também tens a noção de que não tiveste a melhor atitude e aí tu disseste: “Só depois de ver o teu sofrimento, é que percebi que o que eu mais quero és tu”. Conseguiste pôr-me de novo com aquele sorriso e os dias tornaram a ser os mesmos. Regressei, mas a velha rotina já não era a mesma. Tinhas novos costumes, e eu tive de me adaptar a eles. Estavas diferente, digamos assim. Mas não foi por isso que te abandonei, continuei a caminhar a teu lado.
Os dias foram passando e as aulas estavam quase a regressar. Nesse curto espaço de tempo, mostrámos que verdadeiramente sentíamos um ao outro. Entregámo-nos muito mais sentidos que antes; de alma e coração. Esses dias bastaram para um EU AMO-TE sincero (não digo que os de antes não eram).
Mas acho que a partir daí tudo piorou. Como disse, mudaste e essa mudança afectou-me imenso. Não só da maneira como agias como da maneira que me fazias sentir. Acabámos uma primeira vez, mas voltamos a namorar. Acabámos uma segunda mas voltámos a namorar e assim durante vezes sem conta. Já não era namoro, não era nada. Era sofrimento, eram lágrimas derramadas nos meus lençóis, era a dor que eu escondia por detrás de um sorriso falso de uma pessoa á qual tu chamavas de perfeita. Hm, perfeita? Ninguém é perfeito, apesar de seres o único que eu considerei como tal.
Passou Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro e agora estou aqui outra vez no tal dia. Eu errei, tu erraste, nós errámos. Está certo, errar é humano. Eu admiti tudo e quem diz a verdade não merece castigo. Eu sempre te perdoei em tudo e isso é coisa que não podes negar, mesmo naquilo em que outra qualquer não perdoaria, e tu nada.
É bom saber que durante os 11 meses que estive contigo, foste sempre presente, me deste sempre tudo o que precisei e foste quem me fez mais feliz. Obrigado mais uma vez, mas desta é pelo facto de teres passado comigo momentos perfeitos, que nunca passei outrora com alguém. De me teres amado dessa forma tão terna que me aconchegou no teu coração. Obrigado pelo ano maravilhoso de 2010 que me proporcionas-te, mesmo com todas as zangas e lágrimas, lágrimas essas que estão agora aqui presentes comigo.
Estarei SEMPRE contigo, mesmo quando pareça distante. Eu Amo-te Norton Renato Menegatti e juro que nunca amei ninguém assim - 18/01/10 ♥ 
;iloveyoumorethanyouwillneverknow

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Errar e Amar


Eram duas crianças ingénuas mas apaixonadas. Ele tinha um feitiozinho assim pró complicado mas, no fundo do coração amava-a mais que tudo. Ela era ciumenta e muito insegura, tinha medo mas para além de tudo ele era a sua vida. Eram crianças felizes passavam os dias/tardes/noites como outras crianças quaisquer e de dia para dia a sua paixão aumentava. Todos os dias havia uma aventura nova para contar em casa, todos as semanas haviam dias para recordar, todos os meses uma história para querer reviver. Namoraram durante bastante tempo (a sua história dava para escrever um livro) e, como é claro, nesse namoro sempre houveram as típicas discussões de namorados. Promessas, desilusões, tréguas, arrependimentos, choros, desculpas, erros, momentos perfeitos, confiança (…) naquele namoro houve de tudo e, para além do mais, entregaram-se um ao outro de alma e coração. No coração dela nasceu dali um rei e no dele cresceu uma rainha.
Ele errava, ela perdoava. Ela errou, ele não perdoou. Todos diziam que ele fazia dela uma bonequinha com a qual ele adorava brincar e muitas vezes pôr de parte. Ele tinha feito uma promessa em consequência do medo dela. Não soube levar a sua palavra até ao fim e, o que ela mais receava aconteceu. Ela sofreu, ele também. Tudo por causa do erro dela, erro esse que nem todos os que ele tinha cometido e ela tinha desculpado tinham sido suficientes para ele a perdoar – isto no ver dele. Conclusão: ele não sabia o significado da palavra perdão, não sabia perdoar por amor, apenas sabia o que era o seu orgulho.
Ela arrependera-se rapidamente de tudo o que havia perdoado e de tudo o que tinha “esquecido”, pois a verdade é que ela apenas preferia não lembrar pois era impossível de esquecer. Ela fez tudo o que pôde para o ter de volta, lutou mesmo quando tinha uma vontade enorme de desistir e afirmar que era uma falhada. Criticou, defendeu, contrariou, arrependeu-se, desistiu, falhou. Ele “tentou” mudar as coisas, às escondidas dos seus amigos. Esses não queriam aquela velha história de volta e, ele na frente deles dizia que não, e para ela alimentava falsas esperanças. Ela descobriu e ficou de rastos, como pôde cair na mesma conversa outra vez? Ele arrependeu-se, como sempre. De todas as vezes se arrepende e ela cai no erro de servir de boneca vezes sem conta. Mas desta foi diferente. Ela conseguiu manter-se firme, apesar do sofrimento, e ele tentou passar por cima de todos os problemas. Tentou fugir às verdades, como sempre fez/faz, mas elas eram constantemente repetidas para ele ver como elas doem. Ela disse: “Não, desta vez não!”. Ele disse: “A culpa é tua. Não dá, simplesmente isso”. Como se fosse uma coisa assim tão simples. Agora falta o fim. Eles perdoam, ou segue cada um a sua vida? Seja o que for, será o mais certo, por muito que faça ambos sofrer. Só digo: Todos erramos e de entre todo o sofrimento quem ama, perdoa.